O goleiro brasileiro foi perseguido pelo resto de sua vida pela falha que jamais foi esquecida por aquelas 200 mil pessoas presentes no Maracanã, e que acompanharam a final pelo rádio, ou até mesmo os poucos que tinham um televisor em 1950. Falecido em 2000, o ex-goleiro sempre se mostrou orgulhoso pelo vice-campeonato, mas triste ao mesmo tempo por nunca ser esquecido de um modo negativo. O nervosismo que os atuais jogadores do Brasil passaram em 2014, foi o mesmo sentidos por aqueles que defenderam a seleção e tinham a missão de ganhar uma Copa diante o seu povo.
Na final de 1950 os jogadores brasileiros estavam muito nervosos, chegaram a chutar 30 vezes no gol, marcando somente um tento. O emocional era muito forte, a todo momento cometiam faltas, e aos 35 minutos do segundo tempo o templo do futebol mundial, o Maracanã se calou com o gol de Gigghia. No mesmo momento Barbosa, que tando jogou no estádio, pois era goleiro do Vasco, entrou para história pela falha no lance do gol. Mas como em 2014, ouve falhas em 1950, a grande delas foi os atletas brasileiros ficarem em pé durante 2 horas em uma missa, que foi realizada antes da partida decisiva. A iniciativa de ir a igreja foi do técnico Flávio Costa, que também foi culpado pelo derrota diante os uruguaios.
O ano de 2014 era a vingança pelo Maracanazo e a falha de Barbosa, mas novamente o Brasil teve alguns culpados. Desta vez não foram 200 mil pessoas que ficaram caladas, e sim 200 milhões, que é a população total do Brasil. Após 64 anos, o emocional voltou a abalar o Brasil, muito por ser o país do futebol, e ter a obrigação de ser campeão em sua casa, como já aconteceu com Alemanha, Itália, Argentina. Mas desta vez a história foi completamente diferente, o que era tido como o maior vexame do futebol brasileiro, mesmo por se tratar de uma derrota de 2 a 1 para o Uruguai, foi substituído por uma humilhação.
Humilhação, vergonha, e até mesmo histórico são as palavras que podem resumir Brasil 1 x 7 Alemanha, em nosso país novamente conhecemos o que foi um vexame de verdade. Daqui em diante, Felipão vai ocupar o lugar do goleiro Barbosa. A única explicação para o maior vencedor de Copas do Mundo levar de sete em uma semifinal, e em seu país, é o erro tático do treinador. Com a lesão de Neymar na partida contra a Colômbia, Luiz Felipe Scolari ficou sem alternativa, e chegou a repensar por que não convocou o Lucas, do PSG. O Brasil também teve outra grande perda contra os colombianos, o capitão Thiago Silva tomou o segunda cartão amarelo e foi suspenso, ficando fora do jogo contra a Alemanha.
A falta de um zagueiro seguro era tão clara, que a CBF entrou com um recurso para poder anular o cartão recebido por Thiago Silva, assim ele poderia atuar contra os alemães. Mas o pedido não foi aceito e Dante acabou sendo colocado no time titular. Detalhe o zagueiro do Bayern de Munique treinou entre os titulares duas vezes, em dois anos junto com o elenco da seleção brasileira. Entre algumas duvidas de Felipão, Bernard foi o substituto de Neymar, escolha considerável, mas o erro que ocorreu com Dante, foi o mesmo com Bernard, que treinou no máximo 20 minutos no time titular. O resultado foi a falta de entrosamento e várias falhas contra a Alemanha, além da humilhante derrota.
O sucessor de Barbosa, Felipão, admitiu que ele foi o principal culpado pela derrota de 7 a 1 para Alemanha, pois os principais erros foram táticos, o que tem que ser observado pelo técnico. Que pelo modo que a equipe jogou, nunca havia usado aquela formação. No Mineirão se juntou a falta de entrosamento e o medo da derrota, o que resultou foi que todos os jogadores ficaram perdidos em campo e em 18 minutos levaram 5 gols. A justificativa de Luiz Felipe Scolari para não ter mudado o time foi a pane que o Brasil sofreu e levou 4 gols seguidos. E em todos os gols a grande falha foi a falta de marcação, durante o decorrer da partida, Mesut Özil e Toni Kroos ficaram totalmente livres, enquanto David Luiz e Dante ficavam recuados na frande do gol, a tática do 2 contra 3 deu errado, e muito errado, já que foram sete gols levados.
Como ocorreu em 1950, a falha não foi somente de Barbosa. Felipão foi escolhido para ser técnico da seleção brasileira após realizar um péssimo trabalho no Chelsea, e principalmente no Palmeiras. Claro que a aposta do técnico fazer um bom trabalho a frente da seleção novamente, era a conquista da Copa do Mundo de 2002, e quem apostou no passado e deu mal. Agora e pensar no futuro, pois Felipão não vai seguir a frente do Brasil, o nome mais cotado para assumir o posto é Tite, que conquistou vários títulos comandando o Corinthians. Claro que a culpa não é só do técnico, vale rever as categorias de base, e tentar manter jovens talentos no país para melhorar o nosso futebol.
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