Resumo da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro

Vasco 2 x 1 Cruzeiro 

Jogadores do Vasco comemoram um dos gols sobre o Cruzeiro com a Torcida 
Mesmo sem responsabilidade, o Cruzeiro começou a partida buscando o ataque. No entanto, na primeira chegada do Vasco no setor ofensivo, os cariocas abriram o placar, aos dois minutos. Após cruzamento pela direita, Luan escorou para o meio da área e Thalles cabeceou sem chance para Rafael.

Depois do gol, o confronto seguiu equilibrado. O Cruzeiro tinha mais posse de bola, mas o Vasco chegava ao ataque com perigo. Os cruzmaltinos tiveram duas chances de ampliar. Primeiro, após cruzamento pela direita, Thalles finalizou fraco, facilitando a defesa de Rafael. Depois, Yotún arriscou um chute cruzado, mas por cima do travessão.

A primeira boa chance do Cruzeiro aconteceu somente aos 15 minutos. Éverton Ribeiro cruzou pela direita, Vinícius Araújo tocou por cima de Alessandro, mas viu Fágner apareceu para salvar os donos da casa. O lance animou os mineiros, que passaram a dominar o jogo e chegar próximo da área cruzmaltina com mais intensidade.

Os visitantes aproveitaram um contra-ataque para chegar novamente com perigo, aos 31 minutos. Éverton Ribeiro foi lançado pela direita e finalizou. No entanto, Alessandro voou para fazer grande defesa. Só que a resposta do Vasco, no minuto seguinte, veio em com estilo. Pedro Ken achou Edmílson na entrada da área. O atacante acertou chute com muita força, sem chance para Rafael.

O segundo gol fez o Vasco ficar mais calmo em campo. Com isso, os cruzmaltinos melhoraram a marcação e passaram a impedir as boas jogadas dos cruzeirenses. Assim, a partida ficou equilibrada, sem lances de perigo, com os donos da casa com boa vantagem no placar.

No segundo tempo, o Cruzeiro veio com mais vontade em busca do resultado. Os visitantes chegaram a marcar um gol, mas foi anulado, pois o atacante William estava impedido. O Vasco não se intimidou e quase marcou o terceiro aos três minutos. Marlone tocou para Edmílson dentro da área. O atacante finalizou, mas viu Léo salvar os mineiros.

Depois do início movimentado, as equipes melhoraram a marcação e o jogo ficou um tempo sem muita emoção. Somente aos 15 minutos, o Vasco teve oportunidade para aumentar o placar. Thalles recebeu na intermediária, passou por três marcadores e finalizou para boa defesa de Rafael. Só que a resposta do Cruzeiro veio em grande estilo, quatro minutos depois. Em falta cobrada por Éverton Ribeiro na área, Paulão tentou cabecear, mas a bola passou por ele e foi direto para a rede. No entanto, o árbitro assinalou gol para o zagueiro.

A partir dai, o clima passou a ser de tensão para a torcida vascaina. Só que foram os cariocas que tiveram nova oportunidade de marcar, aos 30 minutos. Edmílson recebeu na área e chutou cruzado, sem força. No entanto, Rafael não chegou na bola e a viu sair muito perto da trave. O Cruzeiro passou a buscar mais o ataque na parte final do jogo, mas o Vasco era mais perigoso e quase fez aos 41 minutos. Após cobrança de escanteio, Edmílson subiu mais que a zaga e cabeceou com perigo a esquerda da trave de Rafael. Nos acréscimos, os vascaínos conseguiram segurar a bola no ataque e seguraram os três pontos até o apito final.

Criciúma 1 x 1 Vitória 

Wellington Paulista tenta passar pela marcação 
O Criciúma soube usar o lotado Heriberto Hülse para pressionar o Vitória desde o apito inicial. O time visitante demonstrou, pelo menos até os 30 minutos do primeiro tempo, dificuldades para lidar com a forte marcação adversária em sua saída de bola, e os resultados não demoraram para vir.

Logo aos 12 minutos, Victor Ramos colocou a mão na bola dentro de sua própria área e ouviu o árbitro Wilson Luiz Seneme marcar pênalti. Com muita tranquilidade, o centroavante Wellington Paulista deslocou o goleiro Wilson para abrir o placar mandante, empolgando a torcida local ainda mais.

Nove minutos depois, foi a vez de Juan cometer o mesmo erro do colega e dar falta perigosa para a equipe catarinense. Sueliton cobrou com categoria e acertou a trave esquerda do goleiro rubro-negro. No rebote, os jogadores tentaram o gol, sem sucesso.

Já nos últimos 15 minutos, os baianos aumentaram o ritmo e levaram perigo para a meta oponente. Após bobeada da defesa do Tigre, Dinei deixou Marquinhos na cara do gol, mas o ponta acabou se atrapalhando com a bola e chutando fraco. O arqueiro não teve problemas para ficar com ela. No intervalo, o técnico Ney Franco fez duas substituições: colocou Danilo Tarracha e Maxi Biancucchi nos lugares de Michel e William Henrique, respectivamente. O Vitória cresceu no duelo e chegou ao tento de empate quando o relógio marcava sete minutos.

Juan arriscou de muito longe e obrigou Galatto a se esticar todo para mandar para escanteio. Logo em seguida, Marquinhos cruzou para Dinei, que cabeceou para o chão e viu a bola morrer lentamente no canto direito de Galatto, igualando o marcador.

O gol deixou o jogo totalmente em aberto e nervoso, com ambos buscando a vitória. Wellington Paulista desperdiçou ótima chance em chute à queima-roupa, e Ayrton não conseguiu aproveitar linda assistência de Alemão, já nos minutos finais.

Atlético - MG 4 x 1 Goiás 

Jogadores do Atlético comemoram após Tardelli marcar contra o Goiás 
Atuando em casa, o Galo iniciou o duelo contra os esmeraldinos pressionando bastante, e logo nos primeiros minutos quase marcou com Luan, que chegou atrasado para complementar cruzamento da esquerda. Acuado no campo de defesa, o Goiás compactou a marcação e passou a apostar nos contra-ataques ou em um erro individual dos atleticanos para chegar ao gol de Victor.

A blitz alvinegra até resultou em bola na rede, mas Fernandinho estava impedido na jogada. Com o passar do tempo, o Galo diminuiu o ritmo, dando um pouco mais de espaço para os visitantes, mas o Atlético-MG seguiu com a bola nos pés por mais tempo. Luan, Fernandinho e Tardelli garantiram a movimentação ofensiva no ataque mineiro, o que resultou em boas oportunidades durante a partida.

Aos 22, a torcida do Galo explodiu em alegria quando Luan levantou bola para área, Fernandinho e Tardelli confundiram o goleiro Renan, e Fernandinho empurrou para as redes para abrir os trabalhos no Horto. O gol atleticano fez justiça ao time que até o momento procurava a vitória com mais afinco. Mesmo em desvantagem, o Goiás foi cauteloso demais para agredir o Atlético-MG.

Somente aos 30 minutos é que a equipe esmeraldina chegou com real perigo, mesmo assim, em arremate de fora da área de Ramon, que obrigou Victor a se esticar todo para evitar o empate. A resposta dos donos da casa veio logo na sequência com Tardelli, que recebeu assistência de Fernandinho e finalizou cruzado para dilatar o marcador e levar o torcedor alvinegro à loucura nas cadeiras do Independência.

Ainda deu tempo para os visitantes diminuírem o placar na etapa inicial. Aos 43, a zaga atleticana vacilou após cobrança de lateral, e Amaral pegou rebote de bola na trave para marcar o gol esmeraldino. A equipe do técnico Enderson Moreira voltou para o segundo tempo mais animada para tentar o empate. Com isso, o jogo ganhou em dinamismo, já que o Galo manteve a vocação ofensiva.

Inspirado, Tardelli protagonizou grandes jogadas durante os 90 minutos, desequilibrando o confronto em favor dos mineiros. Preocupado, o comandante esmeraldino tentou reforçar a marcação em cima do meia-atacante do Atlético-MG, que seguiu levando vantagem em cima da defesa.

Aos 21, Tardelli assinou uma verdadeira pintura, que contou com a participação de Luan, que mostrou categoria com uma assistência de letra para o atacante finalizar, ampliando a vantagem do Galo no Horto. Reverenciado pela torcida, Tardelli continuou brilhando e, aos 27, fez jogada individual e não perdoou o Goiás, marcando seu terceiro gol na partida e transformando o placar em goleada.

Mesmo com a vitória quase garantida, os atleticanos seguiram dominando inteiramente as ações, não dando qualquer possibilidade de reação para os visitantes. Enderson Moreira tentou fazer as substituições possíveis, mas não conseguiu mudar o cenário do jogo.

Ponte Preta 1 x 1 Grêmio 


Barcos disputa a bola com Ferron pelo auto 
Nos primeiros instantes, o Grêmio adiantou a marcação e dificultou a saída de bola da Ponte Preta, que errava muitos passes. Jogando no erro da Macaca, o Tricolor criou sua primeira chance de gol, aos 14 minutos: após receber na ponta esquerda, o lateral Alex Telles invadiu a área e cruzou para trás, procurando Kleber. O atacante finalizou de primeira e exigiu grande intervenção de Édson Bastos, substituto de Roberto, que espalmou para escanteio.

Porém, no minuto seguinte, em contragolpe rápido, a Ponte Preta inaugurou o marcador em solo campineiro: Adaílton arrancou pela ponta esquerda, invadiu a área e finalizou cruzado, para vencer o experiente goleiro Dida.

Mesmo com o placar em favor dos mandantes, a partida continuou a ser disputada de maneira franca: aos 21 minutos, Adaílton recebeu na área, limpou a marcação e cruzou para Adrianinho. O camisa 10 cabeceou, mas a bola não atingiu velocidade e facilitou a defesa de Dida. Quatro minutos mais tarde, aproveitando bola espirrada pela defesa ponte-pretana, o chileno Vargas finalizou de primeira e carimbou a trave esquerda de Édson Bastos.

No final da primeira etapa, o Grêmio dominou a Ponte Preta e criou boas chances de empate: aos 39, Barcos invadiu a área pelo setor esquerdo, mas finalizou para fora, à direita da trave. Dois minutos mais tarde, novamente o capitão tricolor avançou pelo setor, cortou Diego Sacoman e cruzou para trás. Porém, nenhum gremista estava na área em condições de finalizar.

Logo aos nove minutos da etapa complementar, os comandados de Renato Gaúcho conseguiram o gol de empate: após receber cruzamento de Zé Roberto na área, Vargas tentou ajeitar de cabeça, mas viu a bola desviar em Uendel e tirar o goleiro Édson Bastos da jogada. Mesmo com o toque no defensor ponte-pretano, o tento foi creditado para o atacante chileno.

Necessitando do resultado, a Macaca se lançou ao ataque, mas não conseguia superar a forte marcação implementada pelos visitantes. Além do mais, os espaços deixados em seu setor defensivo foram aproveitados pelo Grêmio, que desperdiçou a chance da virada aos 31: após cruzamento de Bressan, Barcos fez o pivô e rolou para Maxi Rodríguez, mas o meia finalizou fraco, facilitando a defesa de Édson Bastos. A chance mais clara de desempate da Ponte Preta veio aos 37 minutos: após cruzamento da ponta esquerda, Artur desviou de cabeça e viu Rafael Ratão, embaixo da trave, testar por cima da meta de Dida.

Aos 48 minutos, no último lance da partida, o goleiro Édson Bastos praticou uma defesa milagrosa, em cabeçada do zagueiro Bressan, e foi responsável por evitar o gol que rebaixaria a equipe campineira nesta rodada. Após a precisa intervenção, o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva encerrou o embate.

Atlético - PR 6 x 1 Náutico 

Atlético - PR atropelou o Náutico em Joinville 
Após mais um protesto do Bom Senso FC, a bola rolou debaixo de muita chuva em Joinville. Com uma formação diferente, o Atlético parecia um pouco perdido e demorou a se encontrar. Aos quatro minutos, Paulo Baier fez cruzamento fechado e a zaga do Timbu afastou o perigo. Aos 12 minutos, Bruno Colaço tentou o cruzamento duas vezes, mas a defesa atleticana amenizou a pressão.

Sem conseguir penetrar na defesa pernambucana, o Atlético levou perigo em jogada de bola parada, com Paulo Baier, que aos 16 minutos cobrou falta e obrigou Ricardo Berna a fazer grande defesa. Na resposta, aos 18 minutos, Tiago Real fez o levantamento e William Alves subiu sozinho para testar pela linha de fundo.O Atlético, entretanto, precisou de dois minutos para fazer dois gols. Primeiro com Zezinho, aos 25 minutos, aproveitando cruzamento para desviar e abrir o placar. Um minuto depois, Ederson fez o corta-luz e Paulo Baier, de primeira, emendou para o fundo das redes. O Timbu tentou descontar com Tiago Real, aos 36 minutos, mas a cabeça saiu pela linha de fundo. Aos 42 minutos, Gustavo arriscou da intermediária e isolou.

Para a etapa final, o Náutico retornou com Maikon Leite no lugar de William Alves. E a mudança surtiu efeito. Logo no primeiro minuto, o atacante acertou a trave e, no rebote, Tiago Real emendou par ao gol para descontar. O gol não abalou o Atlético, que chegou ao terceiro aos sete minutos, com Felipe, que tirou a marcação e bateu colocado para marcar.

Paulo Baier partiu para a jogada individual, aos 14 minutos, e foi derrubado na área. Pênalti marcado. Na cobrança, Ederson não desperdiçou para seguir firme na artilharia da competição. Aos 17 minutos, Paulo Baier deu a assistência para Felipe, que tocou na saída de Berna para fazer o quinto.

O jogo era movimentado e, aos 21 minutos Maikon Leite arriscou uma bomba e carimbou o travessão. De volta ao time após um longo período, o zagueiro Cleberson, aos 26 minutos, aproveitou confusão na área para deixar sua marca. Marcelo tentou deixar o dele, aos 33 minutos, mas entrou na área em impedimento. Aos 42 minutos, Roger, com liberdade, chutou para fora. Mas não fez falta.

Santos 1 x 0 Fluminense 

Thiago Ribeiro fez o único gol da partida entre Peixe e Flu 
Após o apito inicial, jogadores de Santos e Fluminense se sentaram no gramado e cruzaram os braços, repetindo o protesto que aconteceu em todas as partidas deste sábado. O movimento foi orquestrado pelo movimento Bom Senso F.C., que pleiteia, entre outras melhoras, a redução do calendário do futebol brasileiro e o aumento de férias e pré-temporada.

O Santos chegou pela primeira vez com perigo aos seis minutos. Em jogada pelo meio, a defesa tricolor rebateu errado e a bola sobrou para Alison, que finalizou rasteiro. Diego Cavalieri se esticou e conseguiu mandar a bola para escanteio. No lance seguinte, Montillo fez jogada pela ponta esquerda e rematou de fora, obrigando o arqueiro do Flu a realizar nova boa defesa.

Com maior volume de jogo e mais criativo, o Santos teve sua segunda chegada efetiva aos 25 minutos. Mena recebeu de Thiago Ribeiro e cruzou à meia-altura. No rebote, Montillo finalizou de esquerda e Diego Cavalieri fez a defesa sem dificuldades.

Outras duas oportunidades saíram dos pés de Thiago Ribeiro. Aos 29, o atacante saiu mano a mano com Leandro Euzébio, livrou-se de marcação, passou por Rhayner, mas finalizou em cima de Anderson. Quatro minutos mais tarde, o camisa 9 santista ganhou dividida com Igor Julião, puxou para o meio e finalizou, acertando o lado de fora da rede.

Aos 38 minutos, após boa troca de passes do ataque santista, Cicinho entrou na área e foi tocado por Anderson. Os santistas reclamaram de pênalti, mas o árbitro considerou normal o contato entre os jogadores. Indignado com a decisão do juiz Francisco Carlos Nascimento, Claudinei reforçou a reclamação, e acabou expulso de campo.

O segundo tempo começou em ritmo lento. A primeira chance real foi criada aos 17 minutos, quando Geuvânio recebeu bom lançamento de Montillo, livrou-se da marcação de Anderson e finalizou nos pés de Diego Cavalieri.

Dois minutos mais tarde, o placar foi aberto. Geuvânio tocou para Arouca, que entrou na área e rolou para Thiago Ribeiro. O camisa 9 santista só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes.
Aos 35, o Santos quase ampliou o marcador. Thiago Ribeiro fez jogada pela esquerda e rolou no meio para Cícero, que entrou na área, livrou-se de dois marcadores e finalizou. Diego Cavalieri se esticou e ainda viu a bola bater na trave.

Flamengo 1 x 0 Corinthians 

Jogadores do Rubro - Negro festejam o gol da vitória contra o Timão 
O Corinthians começou a partida com muito mais posse de bola. Com participação constante de Renato Augusto, Emerson e Romarinho, a equipe trocava passes pacientemente à espera do espaço e rondava a área do Flamengo, mas não conseguia criar grandes oportunidades de finalização.

O maior volume alvinegro não resistiu a uma jogada de Paulinho, que cortou Guilherme e bateu forte de fora da área, aos 18 minutos. Walter chegou a tocar na bola, mas não impediu que ela entrasse no alto, em seu canto direito.

Não mudou consideravelmente o cenário do jogo, embora, a partir daí, tenha havido um equilíbrio maior. Se seguiu com alguma dificuldade para frear as triangulações do adversário, que renderam finalizações de Emerson e Romarinho, o Flamengo passou a ser mais perigoso.

Carlos Eduardo chegou a acertar a forquilha de Walter antes que o jogo se tornasse mais tenso, com algumas faltas mais duras. Em uma delas, Elias acertou o cotovelo no rosto de Guilherme, que, sangrando muito, foi substituído por Diego Macedo ainda no primeiro tempo.

Com Macedo na lateral direita, Edenílson foi para o meio de campo. E o Corinthians, na etapa final, ultrapassou bastante a linha que separa a paciência da lentidão. Devagar, a equipe não conseguiu nem manter a posse da bola e foi salvo por marcações erradas do bandeira Luis Claudio Rodrigues da Costa.

Tite resolveu, aos 15, dar profundidade maior ao time com a entrada de Alexandre Pato. Saiu Romarinho, que não estava mal, mas costuma ser candidato a substituições mesmo jogando bem. Minutos mais tarde, entrou Douglas no lugar de Igor, em um remanejamento tático de vários atletas.

Nada deu resultado. O time do Parque São Jorge teve mais uma atuação lenta, de inspiração mínima, apertou um pouco mais só nos acréscimos, parando em duas defesas de Felipe. Nova amostra de que a ideia de reformulação para a próxima temporada não é à toa. E o Flamengo conseguiu o que queria antes de decidir a Copa do Brasil.

São Paulo 1 x 1 Botafogo 


Ambos times protestam pelas causas do Bom Senso FC 
Como já era esperado, os jogadores dos dois times se uniram em mais um protesto do Bom Sendo FC no início da partida deste domingo. Antes de tocarem na bola, os titulares de São Paulo e Botafogo se ajoelharam no gramado, em nova manifestação contra a CBF.

O time do São Paulo assimilou o clima de festa por Rogério Ceni e aumentou os motivos para a torcida comemorar, logo aos três minutos. Douglas bateu falta da esquerda, Rodrigo Caio desviou de cabeça, e Aloísio chegou livre para chutar, marcando o gol. Os botafoguenses ainda alegaram que o atacante estava impedido, mas o árbitro considerou a jogada legal.

O Tricolor seguiu mais perigoso, apostando na velocidade de Ademilson, que começou bem a partida. Aloísio, com presença de área, também dava trabalho à zaga botafoguense, mas o clube do Rio de Janeiro percebeu a insegurança do sistema defensivo anfitrião e respondeu. Aos oito, Edilson recebeu com liberdade pela direita e bateu cruzado, rasteiro, exigindo boa defesa de Rogério Ceni.

Pouco depois, Ademilson foi mais rápido do que os zagueiros adversários em lançamento, mas Jefferson saiu do gol e abafou, ficando ainda com tiro de meta. Aos poucos, de forma inexplicável, o São Paulo diminuiu seu ritmo, passou a incomodar cada vez menos os visitantes e foi castigado por isso.

Aos 27 minutos, Seedorf bateu falta para a área, Rafael Marques correu nas costas de Denilson e cabeceou na pequena área, onde Elias escapou de Rodrigo Caio e deu um carrinho para balançar as redes. Na comemoração, o botafoguense imitou Cristiano Ronaldo e fez gestos como se dissesse "estou aqui".

O gol do empate ainda obrigou o São Paulo a despertar, ameaçando em dois cabeceios de Paulo Miranda até o fim do primeiro tempo, mas foi pouco para um time que tinha o domínio inicial. Como se não bastasse, aos 43, o Botafogo quase virou, em falta de longe cobrada com muita força por Edilson, que obrigou Rogério Ceni a espalmar e salvar também no rebote.

No intervalo, a torcida não deixou o time se esquecer da semifinal da Copa Sul-americana, gritando "é quarta-feira". O time parece ter entendido o recado, mas com uma estratégia diferente. Com o Botafogo mais afoito na busca pelo ataque, o Tricolor passou a responder em contragolpes e, aos cinco minutos, Ademilson acertou o travessão em belo chute.

Mas era pouco para a torcida, e parte das pessoas presentes nas arquibancadas começou a pedir a entrada de Luis Fabiano. Quase ao mesmo tempo, Ademilson recebeu com liberdade na área e tocou na saída de Jefferson, que foi muito bem e fez grande defesa. No complemento da jogada, Ganso pegou a bola na área, driblou de forma incrível dois adversários, em um espaço curto, perto da linha de fundo pela direita, e chutou para acertar a trave. O meia não marcou um golaço por muito pouco.

Com uma postura muito diferente do primeiro tempo, o Tricolor continuou muito perigoso. Douglas bateu escanteio, e Antônio Carlos mandou de cabeça no travessão. Ao perceber seu time em perigo, Oswaldo de Oliveira tirou Renato para colocar um volante mais marcador, Marcelo Mattos. Mas os donos da casa seguiram pressionando, e Aloísio arrematou para fora.
Porém, assim como aconteceu na etapa inicial, o São Paulo não conseguiu manter o ritmo.


Assim, Oswaldo tentou dar mais força ao ataque do Botafogo, com as entradas de Bruno Mendes e Lodeiro nos lugares de Elias e Hyuri. Já Muricy atendeu aos pedidos da torcida e colocou Luis Fabiano no lugar de Aloísio. Mesmo assim, os donos da casa continuaram instáveis, e Seedorf desperdiçou duas boas oportunidades de virar o placar, antes do apito final do árbitro, com o resultado de 1 a 1.

Bahia 1 x 0 Portuguesa 

Fernandão festeja após marcar contra a Lusa 
O nervosismo foi a marca do primeiro tempo, tanto para Bahia quanto para Portuguesa. Os dois times erravam muitos passes e demonstravam dificuldades na criação das jogadas: pela direita, William Barbio era a única saída tricolor, mas, isolado de Fernandão, não funcionava.

Do outro lado, a Lusa apostava em um elemento surpresa, Wanderson, que chegava muito bem de trás. Em uma delas, o jogador chutou de primeira de fora da área e obrigou Marcelo Lomba a mandar para escanteio. No entanto, a equipe visitante acabou sendo castigada por um erro imperdoável.

Aos 44 minutos, William Arão tentou passe abusado e viu Wallyson, apagado até então, ser acionado pela esquerda. O atacante só rolou para Fernandão na outra ponta e viu o centroavante completar para o fundo da rede, fazendo a lotada Fonte Nova explodir de alegria.

A insatisfação foi tanta que Guto Ferreira preferiu substituí-lo por Ferdinando na volta para o intervalo. A Lusa retornou um pouco melhor e já teve grande chance aos seis, quando Gilberto, outra estrela apagada em Salvador, recebeu bola, girou sobre marcador e obrigou nova boa defesa de Lomba.

E os visitantes poderiam melhorar ainda mais quando Feijão, infantilmente, foi expulso de campo. O volante já havia recebido um cartão amarelo no primeiro tempo, mas continuou batendo nos adversários e foi punido justamente. O jovem atleta, revelado na última Copinha, deixou o gramado chorando.

No entanto, os comandados de Guto Ferreira não souberam lidar com a vantagem numérica – uma forte cobrança de falta de Ferdinando foi uma das únicas chances depois da expulsão. E quase que o Bahia fez o segundo, não fosse um chute de Marquinhos Gabriel travado na grande área.

Internacional 0 x 0 Coritiba 

Jorge Henrique protege a bola da marcação 
A partida começou com os donos da casa mandando a primeira finalização, com D'Alessandro, que chutou na direção do gol de Vanderlei, que segurou com tranquilidade. Aos 6 minutos, Damião levantou a bola na área, mas não achou ninguém para terminar a jogada.

Alguns minutos depois, novamente Damião, que foi um dos destaques do jogo, recebe a bola no ataque e finaliza nas redes do Coritiba, mas o árbitro marca o impedimento. Aos 37 minutos, Ednei cruza a bola em cobrança de falta e Vanderlei quase joga para a própria meta ao fazer a defesa.

Dois minutos mais tarde, Josimar recebe de D'Alessandro mandando quase para o fundo das redes, mas Vanderlei salva os visitantes do gol em uma defesa espetacular. A pressão do Inter continua até o intervalo, e próximo do apito final do primeiro tempo, o jogador argentino manda uma ‘bomba' de fora da área direto para a linha de fundo.

A equipe paranaense apenas se defendia dos ataques dos adversários, e na volta dos vestiários a situação não foi diferente. Aos 12 minutos Ednei toca para Leandro Damião, que manda em direção de Vanderlei, que novamente salva o Coritiba.

O jogador ainda tentou abrir o marcador aos 16, sem sucesso. Na última chance clara do Inter, já no final da segunda etapa, D'Alessandro recebeu e mandou na trave direita de Vanderlei, mas a sorte não estava do lado dos anfitriões.

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